sábado, 6 de junho de 2009
Flickr do Maionese Cinco
Para quem está curioso para saber como foi o Maionese Cinco, eis o nosso flickr: www.flickr.com/photos/maionesecinco/.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Maionese Cinco no Coquetel Molotov
Jarmeson veio de Recife a Maceió curtir nossa festa alternativa e aproveitou para cobrir o evento, que foi um sucesso absoluto. Confira a matéria abaixo:
Maionese 5: Uma noite de boas surpresas e de novas caras em Maceió
Palavras: Jarmeson de Lima em 31.05.2009
Aparentemente, para mim e para boa parte das pessoas de fora, a cena musical de Maceió ficou estagnada em um hiato indefinido após os anos 90. Apesar de ser o berço de nomes que se destacaram pelo Brasil afora como Mopho e Wado, Maceió era uma incógnita pra mim até ontem, quando tive o prazer de presenciar o festival Maionese 5. Este evento, que já está em sua quinta edição reuniu 12 bandas do cenário independente nordestino. Com a bravura e a ousadia em querer tirar a cidade da inércia, o coletivo Popfuzz vem realizando desde 2005 o festival Maionese, que como indica o nome, acontece sempre nos meses de maio.
Movido pela curiosidade em revisitar a cidade (a última vez que passei por lá foi há quatro anos em meio a uma conexão aérea) e ver mais um show do Mellotrons, chamei mais uns amigos para ir até Maceió e ver o festival. A escalação do evento era uma completa surpresa para mim. Não conhecia nenhuma das bandas alagoanas que estavam ali se apresentando alternadamente nos palcos do Jaraguá Tênis Clube. A única que já tinha ouvido foi a The Lefts, que embarca numa boa onda "folk brasileira", com uma música que remete a Vanguart e Supercordas com o acréscimo de mais instrumentos e integrantes.
E visitando um festival como este que me surge como novidade, o que eu mais queria era realmente ser surpreendido positivamente. E foi isso que aconteceu! De uma escalação apenas com nomes de projeção local e três veteranas convidadas, o Maionese 5 conseguiu reunir um grupo de bandas com estilos diferentes entre si e que atraiu mais de mil pessoas ao local durante a noite de shows.
A primeira surpresa veio do palco aberto, montado fora do salão do clube, onde se apresentaram as locais Projeto Sonho e Dom Pedriota & as Tatuagens de Pipoca (foto). A primeira realiza um som instrumental que o apresentador do palco classificou como "post-rock mais pesado". Com influências de uma recente geração musical que passou a ouvir Tortoise e Mogwai com atenção, a Projeto Sonho lembra grupos nacionais como Fossil e ruido/mm, mas com a ausência de um baixo em sua formação que possui apenas três guitarristas e um baterista.
A segunda banda, que era formada basicamente por adolescentes vestidos em roupa de marinheiro, que bem que poderia ser uma farda de escola, seguia pela cartilha da boa surf-music. E se cada cidade tem (ou deveria ter) uma banda cool de surf-music, Maceió agora já tem esses garotos, que em show no Maionese conseguiram chamar atenção ainda pela inusitada presença de alguém com máscara de lutador mexicano dançando pelo palco e saciando a sede da platéia mais próxima com uns goles de bebida alcoólica. Vale ressaltar a expressiva presença de gente mais nova tanto no palco quanto na platéia. Se há algum tempo era difícil ver gente mais jovem em shows por lá, como relataram os organizadores, hoje já dá pra vislumbrar cenas de shows mais animados e com boa presença de público daqui a um tempo. O problema, claro, é a oferta de locais para fazer esses grupos autorais tocarem, mas deixemos esta discussão para uma outro momento.
Entre um show e outro era interessante ver que o público do festival ia crescendo ao longo da noite. Se em 2008, o festival tinha vendido poucos ingressos antecipadamente, neste ano já tinham conseguido vender mais de 400 antecipados com uma boa divulgação pela cidade e com matérias de capa nos cadernos de cultura dos jornais de Maceió. Mesmo a chuva que caiu por alguns minutos por volta das 23h, durante os shows do Radium e Jorg and the Cowbow Killers, não espantou o público, que se aglomerava entre a tenda do palco aberto e o salão dos principais shows. Entre um intervalo de show e outro pude ver gente como o cantor Wado, que se fez presente para prestigiar o Maionese, que conseguiu conquistar a simpatia do público alagoano, fazendo com que até gente de Arapiraca tenha viajado para ver os shows por lá.
Já passava de meia-noite quando a veterana Snooze subiu no palco principal do evento. Nesta mesma hora, a Neon Night Riders se apresentava no palco aberto, com dois shows simultâneos de estilos diferentes. Apresentada como uma banda de electro-pop, Neon Night Riders se mostrou muito mais "eclética" do que o rótulo poderia significar. Com dois guitarristas, um controlador-midi e um laptop com batidas programadas, a música eletrônica da banda era bem diversificada, passando por momentos dançantes e de ritmo ambient.
Na mesma hora em que o Mellotrons tocou no palco principal do Maionese, a Blueberry Babies apresentava seu show que lembrava muito o estilo dos recifenses em sua "primeira fase" com letras em inglês, pontuada por guitarras altas e distorções shoegazer. Quem sabe se daqui a algum tempo, estes garotos alagoanos sigam o exemplo dos Mellotrons e passem a fazer composições também em português e com outras tendências e influências. Em seu primeiro show em Maceió, o Mellotrons fez um apanhado de seus principais "indie-hits" em inglês e apresentou ao público local músicas mais recentes como "Mirante", "Conselheiro" e "Galáxia".
Encerrando a noite, a Mopho, em sua formação original, fez o público cantar junto, se emocionar e lotar o espaço do palco principal. A saudável nostalgia pelo retorno da banda e pela comemoração dos dez anos de lançamento de seu primeiro disco se mostrou bem oportuna. Num show como este, ficou evidente este interessante encontro de gerações. Assistimos a uma banda que nasceu e cresceu numa época mais difícil para sua cena local e que hoje em dia vê como o seu trabalho cresceu e serviu de motivação para outras pessoas formarem suas próprias bandas para tocar para gente de sua cidade em um evento com um público bem expressivo.
Ao final do evento, fiz questão de parabenizar a Talita Marques, uma das organizadoras do evento, e outras pessoas envolvidas na produção pela coragem de realizar um festival com uma aura de frescor e de novidade ao público de Maceió para provar principalmente que existe muito mais na capital de Alagoas do que belas praias ou feiras de artesanato para turistas. Nestas horas é bom ver que vale a pena se aventurar pelas irregulares pistas estaduais e federais que ligam Recife a Maceió para ter uma boa surpresa em uma noite de festivais e bandas novas. E que venha o Maionese 6, 7, 8 e tantos outros números quanto for possível.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Coletivo Popfuzz
O coletivo que produz o Maionese Cinco foi notícia hoje no Caderno B do jornal Gazeta de Alagoas. Cedida pelo repórter Rafhael Barbosa e com fotos de Maíra Vilela, segue abaixo um trecho da matéria:
“Cansado do marasmo? Então pare de reclamar, arregace as mangas e faça as coisas acontecerem”. Assim poderia ser resumida a motivação que levou um grupo de garotos na casa dos 18 anos a idealizar, em 2005, o festival Maionese Alternativa. Envolvidos com projetos autorais que pareciam não caber no circuito musical da época, a solução encontrada foi promover eles mesmos as condições necessárias para se fazer notar. Desde então, a cada mês de maio o “ritual” se repete: as bandas do chamado cenário alternativo são escaladas para mostrar seu som, e um público ávido por novidades comparece ao evento para conferir a produção de grupos como Super Amarelo, Radium e Neon Night Riders, além de diversos outros oriundos do coletivo Popfuzz, espécie de selo criado para apresentar os nomes que emergiram dessa cena.
A inspiração veio de diversas partes, do lema punk “do it yourself” (faça você mesmo), passando pela efervescência da Manchester dos anos 70 e pela movimentação que fez de Seattle, nos EUA, a capital do rock nos anos 80. De lá saíram algumas das bandas que fizeram a cabeça dessa turma desde a adolescência e que, inevitavelmente, contribuíram para a formação musical de cada um deles. Mas o combustível principal, garantem, foi mesmo a paixão pelo rock. “O primeiro Maionese foi apenas um show pequeno mesmo, uma tentativa que serviu como experiência. Depois nós buscamos trazer alguns elementos dos festivais de que a gente gosta, como o Coquetel Molotov e o Goiânia Noise. Então além de montarmos um palco secundário, passamos a abrir espaço para outras expressões artísticas além da música, como exposições fotográficas, performances teatrais, etc”, lembra o estudante Caíque Guimarães, 22, um dos fundadores do festival.
Nascido como uma “ação entre amigos”, sem patrocínio nem produtores profissionais dando suporte, o Maionese, na contramão do que tem ocorrido a outras iniciativas do gênero, sobreviveu para realizar sua quinta e mais ousada edição, amanhã (30), no Jaraguá Tênis Clube.
SIGNIFICADO
O “cinco” é um número simbólico e essa turma sabe que, sem renovação, não é possível chegar muito longe. Por isso eles aproveitaram o aniversário para romper – pelo que parece em definitivo – a barreira do underground e dialogar com outros públicos. “Essa é a maior edição em todos os sentidos, e principalmente em termos de abrangência e pretensão de atingir coisas que nunca atingimos. Pela primeira vez o festival tem três bandas de outros estados participando”, diz o estudante de Jornalismo Rodolfo Lima, 22. “
A Mellotrons [de Pernambuco] e a Snooze [de Aracaju] são bandas que têm projeção nacional e que a gente sempre admirou e sempre quis trazer para o festival. Conseguimos este ano e isso foi um grande avanço”, complementa o jornalista – e, assim como Rodolfo, componente da banda Super Amarelo – Gabriel Duarte, 22.Se a intenção era ampliar os horizontes, eles acertaram em cheio na escolha da atração principal desta nova edição, ao promover o reencontro de João Paulo,Leonardo Luiz, Júnior Bocão e Hélio Pisca, a formação original da Mopho. Espécie de cânone do rock alagoano, a banda – que dispensa maiores apresentações – não tocava por aqui com essa configuração desde 2002, e exatamente por isso a notícia do “retorno” vem causando burburinho desde que foi anunciada, no mês passado.
“A Mopho é uma banda de que todos gostamos. Tem uma projeção absurda e é alagoana. Então eles eram uma opção ótima para o festival. Escutávamos o som deles na adolescência e íamos aos shows sempre. É estranho até que tenham passado esse tempo todo sem tocar aqui”, argumenta Gabriel. Morando em São Paulo, Hélio Pisca, que há quatro anos não põe os pés em Maceió, comenta a expectativa para o show: “Faz tanto tempo que a gente não toca junto aí que acaba sendo uma coisa nova para todo mundo. Nesse período cada um de nós passou por tantas experiências e vivenciou tantas coisas que é como começar do zero”. A oportunidade, segundo ele, também servirá para pôr em prática um antigo objetivo do grupo: “Gravar um novo disco”.
Enquanto o registro não vem, a apresentação da Mopho capitaneando o Maionese Cinco se transformou numa espécie de chamariz para os fãs da banda, que prometem lotar o festival. Com a “isca” lançada, o passo seguinte era viabilizar a produção do evento. Como os próprios integrantes do coletivo admitem,a experiência adquirida nas edições anteriores se refletiu numa certa maturidade para montar uma programação bem mais densa este ano. Não que para isso eles tenham abandonado o aspecto um tanto mambembe que é uma marca do Maionese. Tudo continua sendo feito pelo grupo, que se reveza nas diversas funções necessárias a uma produção: um faz o contato com as bandas, outro corre atrás de patrocínio e viabiliza os apoios, enquanto todo mundo se empenha para dar cabo na missão de abarrotar e-mails e perfis no Orkut com spams do evento.
ENTRANDO NO EIXO
Para os dez envolvidos na organização do evento, as últimas semanas foram marcadas por incontáveis encontros e contatos em listas de e-mail. Nessa etapa final do processo, para conversar com a reportagem da Gazeta eles novamente se reuniram no Botequim Paulista, bar que serviu como uma espécie de quartel-general da turma durante a idealização do festival. Como não poderia deixar de ser numa conversa do grupo, instalouse ali um pequeno tumulto de declarações, lembranças de momentos marcantes desses cinco anos de história e, claro, previsões para as edições futuras – tudo regado a muito bom humor. A irreverência, por sinal, sempre foi um vetor para os músicos que compõem a Popfuzz Records. Do material de divulgação até o nome das bandas e o próprio título do festival (um trocadilho nonsense com a palavra molho e o mês de maio), nada escapa a essa “marca”. Disponíveis no You- Tube, promos do Maionese 2, 3 e 4 são exemplos de como a criatividade pode ser uma aliada para superar a falta de recursos.
Mas quando o assunto é futuro, eles deixam as piadas de lado para falar sério: “A nossa intenção é colocar o Maionese no calendário dos festivais de música independente do País. Assim como existe o Abril Pro Rock, o Bananada, o Goiânia Noise, o Coquetel Molotov e dezenas de outros no Brasil, queremos atingir essa visibilidade, entrar para a Associação Brasileira dos Festivais Independentes (Abrafin) e estabelecer nacionalmente maio como mês do Maionese em Alagoas”, diz a jornalista Talita Marques, 27, novata na produção do festival, assim como a estudante de Jornalismo Carla Castellotti, 22. Presentes como espectadoras nas edições passadas, elas decidiram colaborar com a promoção do evento este ano, e trouxeram consigo um novo fôlego para o coletivo.
“Já estamos sentindo o interesse de pessoas de fora de Alagoas pelo festival. Gente de São Paulo, do Recife e de outros estados tem entrado em contato, querendo saber como anda nossa cena. Inclusive o promotor do Coquetel Molotov vem para assistir e conhecer as bandas daqui”, diz Castellotti, uma das mais empenhadas em garimpar repercussão para o show. Se depender da expectativa que já se nota no público, eles não estão muito longe de cumprir a promessa de fazer do Maionese Cinco um sucesso. Entre uma intervenção e outra na entrevista, a moça não deixou ninguém que aparecesse no botequim escapar. Sacando um folder, ela “intimou” um amigo que acabara de chegar: “Mopho formação original, vai perder?”. Sem hesitar por um segundo sequer, o “transeunte” devolveu: “Deus me livre!”.
QUERO SER GRANDE
Criado para dar visibilidade às bandas do circuito musical alternativo de Maceió, o festival Maionese chega ao quinto ano e celebra seu aniversário com uma edição que tem tudo para ser a mais disputada até agora. Na programação, 11 grupos de Alagoas, Pernambuco e Sergipe, entre eles a Mopho, que há sete anos não se apresentava com sua formação (psicodélica) original por aqui
“Cansado do marasmo? Então pare de reclamar, arregace as mangas e faça as coisas acontecerem”. Assim poderia ser resumida a motivação que levou um grupo de garotos na casa dos 18 anos a idealizar, em 2005, o festival Maionese Alternativa. Envolvidos com projetos autorais que pareciam não caber no circuito musical da época, a solução encontrada foi promover eles mesmos as condições necessárias para se fazer notar. Desde então, a cada mês de maio o “ritual” se repete: as bandas do chamado cenário alternativo são escaladas para mostrar seu som, e um público ávido por novidades comparece ao evento para conferir a produção de grupos como Super Amarelo, Radium e Neon Night Riders, além de diversos outros oriundos do coletivo Popfuzz, espécie de selo criado para apresentar os nomes que emergiram dessa cena.
A inspiração veio de diversas partes, do lema punk “do it yourself” (faça você mesmo), passando pela efervescência da Manchester dos anos 70 e pela movimentação que fez de Seattle, nos EUA, a capital do rock nos anos 80. De lá saíram algumas das bandas que fizeram a cabeça dessa turma desde a adolescência e que, inevitavelmente, contribuíram para a formação musical de cada um deles. Mas o combustível principal, garantem, foi mesmo a paixão pelo rock. “O primeiro Maionese foi apenas um show pequeno mesmo, uma tentativa que serviu como experiência. Depois nós buscamos trazer alguns elementos dos festivais de que a gente gosta, como o Coquetel Molotov e o Goiânia Noise. Então além de montarmos um palco secundário, passamos a abrir espaço para outras expressões artísticas além da música, como exposições fotográficas, performances teatrais, etc”, lembra o estudante Caíque Guimarães, 22, um dos fundadores do festival.
Nascido como uma “ação entre amigos”, sem patrocínio nem produtores profissionais dando suporte, o Maionese, na contramão do que tem ocorrido a outras iniciativas do gênero, sobreviveu para realizar sua quinta e mais ousada edição, amanhã (30), no Jaraguá Tênis Clube.
SIGNIFICADO
O “cinco” é um número simbólico e essa turma sabe que, sem renovação, não é possível chegar muito longe. Por isso eles aproveitaram o aniversário para romper – pelo que parece em definitivo – a barreira do underground e dialogar com outros públicos. “Essa é a maior edição em todos os sentidos, e principalmente em termos de abrangência e pretensão de atingir coisas que nunca atingimos. Pela primeira vez o festival tem três bandas de outros estados participando”, diz o estudante de Jornalismo Rodolfo Lima, 22. “
A Mellotrons [de Pernambuco] e a Snooze [de Aracaju] são bandas que têm projeção nacional e que a gente sempre admirou e sempre quis trazer para o festival. Conseguimos este ano e isso foi um grande avanço”, complementa o jornalista – e, assim como Rodolfo, componente da banda Super Amarelo – Gabriel Duarte, 22.Se a intenção era ampliar os horizontes, eles acertaram em cheio na escolha da atração principal desta nova edição, ao promover o reencontro de João Paulo,Leonardo Luiz, Júnior Bocão e Hélio Pisca, a formação original da Mopho. Espécie de cânone do rock alagoano, a banda – que dispensa maiores apresentações – não tocava por aqui com essa configuração desde 2002, e exatamente por isso a notícia do “retorno” vem causando burburinho desde que foi anunciada, no mês passado.
“A Mopho é uma banda de que todos gostamos. Tem uma projeção absurda e é alagoana. Então eles eram uma opção ótima para o festival. Escutávamos o som deles na adolescência e íamos aos shows sempre. É estranho até que tenham passado esse tempo todo sem tocar aqui”, argumenta Gabriel. Morando em São Paulo, Hélio Pisca, que há quatro anos não põe os pés em Maceió, comenta a expectativa para o show: “Faz tanto tempo que a gente não toca junto aí que acaba sendo uma coisa nova para todo mundo. Nesse período cada um de nós passou por tantas experiências e vivenciou tantas coisas que é como começar do zero”. A oportunidade, segundo ele, também servirá para pôr em prática um antigo objetivo do grupo: “Gravar um novo disco”.
Enquanto o registro não vem, a apresentação da Mopho capitaneando o Maionese Cinco se transformou numa espécie de chamariz para os fãs da banda, que prometem lotar o festival. Com a “isca” lançada, o passo seguinte era viabilizar a produção do evento. Como os próprios integrantes do coletivo admitem,a experiência adquirida nas edições anteriores se refletiu numa certa maturidade para montar uma programação bem mais densa este ano. Não que para isso eles tenham abandonado o aspecto um tanto mambembe que é uma marca do Maionese. Tudo continua sendo feito pelo grupo, que se reveza nas diversas funções necessárias a uma produção: um faz o contato com as bandas, outro corre atrás de patrocínio e viabiliza os apoios, enquanto todo mundo se empenha para dar cabo na missão de abarrotar e-mails e perfis no Orkut com spams do evento.
ENTRANDO NO EIXO
Para os dez envolvidos na organização do evento, as últimas semanas foram marcadas por incontáveis encontros e contatos em listas de e-mail. Nessa etapa final do processo, para conversar com a reportagem da Gazeta eles novamente se reuniram no Botequim Paulista, bar que serviu como uma espécie de quartel-general da turma durante a idealização do festival. Como não poderia deixar de ser numa conversa do grupo, instalouse ali um pequeno tumulto de declarações, lembranças de momentos marcantes desses cinco anos de história e, claro, previsões para as edições futuras – tudo regado a muito bom humor. A irreverência, por sinal, sempre foi um vetor para os músicos que compõem a Popfuzz Records. Do material de divulgação até o nome das bandas e o próprio título do festival (um trocadilho nonsense com a palavra molho e o mês de maio), nada escapa a essa “marca”. Disponíveis no You- Tube, promos do Maionese 2, 3 e 4 são exemplos de como a criatividade pode ser uma aliada para superar a falta de recursos.
Mas quando o assunto é futuro, eles deixam as piadas de lado para falar sério: “A nossa intenção é colocar o Maionese no calendário dos festivais de música independente do País. Assim como existe o Abril Pro Rock, o Bananada, o Goiânia Noise, o Coquetel Molotov e dezenas de outros no Brasil, queremos atingir essa visibilidade, entrar para a Associação Brasileira dos Festivais Independentes (Abrafin) e estabelecer nacionalmente maio como mês do Maionese em Alagoas”, diz a jornalista Talita Marques, 27, novata na produção do festival, assim como a estudante de Jornalismo Carla Castellotti, 22. Presentes como espectadoras nas edições passadas, elas decidiram colaborar com a promoção do evento este ano, e trouxeram consigo um novo fôlego para o coletivo.
“Já estamos sentindo o interesse de pessoas de fora de Alagoas pelo festival. Gente de São Paulo, do Recife e de outros estados tem entrado em contato, querendo saber como anda nossa cena. Inclusive o promotor do Coquetel Molotov vem para assistir e conhecer as bandas daqui”, diz Castellotti, uma das mais empenhadas em garimpar repercussão para o show. Se depender da expectativa que já se nota no público, eles não estão muito longe de cumprir a promessa de fazer do Maionese Cinco um sucesso. Entre uma intervenção e outra na entrevista, a moça não deixou ninguém que aparecesse no botequim escapar. Sacando um folder, ela “intimou” um amigo que acabara de chegar: “Mopho formação original, vai perder?”. Sem hesitar por um segundo sequer, o “transeunte” devolveu: “Deus me livre!”.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Jorg and The Cowboy Killers (AL)
Jorg and the Cowboy Killers (para os íntimos e/ou preguiçosos, Jack) é um power trio formado há mais de um ano por Caíque Guimarães, que assume voz e guitarras, Bruno Ribeiro, no baixo e Emílio Lima, na bateria. A banda se reuniu inicialmente apenas para tocar as músicas compostas e arranjadas por Caíque, conhecido como Jorg. Passado o tempo, o entrosamento cresceu e as idéias musicais partem hoje das três cabeças que levam a Jack.
Os integrantes se dividem em outros projetos do selo Popfuzz. Emílio toca bateria na Blueberry Babies e Bruno, por sua vez, está nas guitarras e programações da Neon Nigth Riders. Com influências de math rock misturadas à simplicidade e à emotividadesde de outras referências, tais como Guided by Voices e Sunny Day Real Estate, os garotos devem mostrar bonitas canções de amor, deixando evidente a parte crua e barulhenta de tudo isso.
A banda fez sua única apresentação no Maionese de 2008 e agora volta à festa alternativa ainda mais estruturada. O show acontece no palco aberto do Maionese Cinco.
A banda fez sua única apresentação no Maionese de 2008 e agora volta à festa alternativa ainda mais estruturada. O show acontece no palco aberto do Maionese Cinco.
Não perca, já é amanhã!
terça-feira, 26 de maio de 2009
Projeto Sonho (AL)
Foto: Talita Marques
Os trabalhos do Maionese Cinco serão abertos com um som levado por três guitarras e uma bateria, a Projeto Sonho. Neste post falamos um pouco das referências diversas da banda que envereda pelo experimentalismo musical - ao passo que as outras bandas instrumentais da festa, Sex On The Beach e Dom Pedriota e as Tatuagens de Pipoca, representam a surf music.
A banda foi idealizada há um ano e tem apenas seis meses de ensaio, o que já rendeu uma música gravada de forma caseira, que pode ser ouvida no myspace deles (www.myspace.com/projetosonho). O grupo enxerga nesse show uma possibilidade de mostrar, para um público diverso, o amadurecendo do som deles.
Quem espera música de elevador e barulhinhos esquisitos vai acabar se surpreendendo com o peso empregado pelo quarteto. Todas as composições são próprias, trabalhadas em conjunto e permeadas por guitarras que alcançam timbres variados. A escolha pelo trio de cordas é proposital, enquanto Vitor Caesar e Hugo Lyra atacam no agudo, Gabriel Cerqueira marca a levada com um som mais grave, o que acaba minimizando a falta do baixo.
Hugo, guitarrista, fala sem medo que uma das bandas a chamar sua atenção para o som instrumental/experimental foi a Labirinto, do conterrâneo Joaquim Prado, radicado em São Paulo; já Gabriel, também na guitarra, é categórico ao defender suas raízes vindas da MPB. Temos, ainda, Vitor e Ítalo Bruno, este último baterista, que dizem ter um pé – ou dois – no hardcore melódico.
Ficou curioso? Então chegue cedo (às 21h00) ao Jaraguá Tênis Clube no dia 30 e assista ao debut do trio guitarrístico que promete viagens sonoras e paisagens musicais através da doçura & fúria que aplicam aos seus instrumentos.
Faltam 3 dias!
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Maionese Cinco no Mais Retorno
A terceira edição do Podcast de Ramiro Ribeiro e Amanda Nascimento apresenta uma prévia do Maionese Cinco. Você confere comentários e músicas das bandas que vão se apresentar nesta edição do evento. Escute para já ir entrando no clima da nossa festa e faça também suas apostas.
sábado, 23 de maio de 2009
NEON NIGHT RIDERS (AL)
Foto: Talita Marques
Puristas do róque, temei! A próxima banda a ser apresentada no blog do Maionese Cinco não faz uso de baixo, tampouco de bateria (de instrumentos tradicionais, melhor explicar antes que se polemize) e, ainda assim, é rock’n’roll. Como é isso? Well, para saber mesmo-mesmo, só indo tirar as próprias conclusões no próximo dia 30 de maio no Jaraguá Tênis Clube.
Tolstói, aquele cara, falou certa feita que, para ser universal, deve-se começar pintando a própria aldeia. As ‘aldeias’ não refletem mais particularismos previsíveis, estão imersas em fronteiras nubladas entre o global e o local. Digamos que a Neon Night Riders seja uma dessas bandas que partilham dessa (não tão)nova ordem. Um grupo difícil de visualizar há alguns anos na nossa querida cidade, já que, junto a outros que integram a Popfuzz Records, dá dica geográfica pouca ou nenhuma .
A coisa do electro rock surgiu a partir da dificuldade de se achar um baterista; deu-se, então, a programação. Já o nome, deriva de uma fase futurística do game das Tartarugas Ninja - aquelas comedoras de pizza, cujas alcunhas homenageavam quatro renascentistas - para o Nitendo.
A banda foi formada há cerca de um ano e meio e, segundo os dois integrantes, tudo é realizado em parceria. Na linha de produção para a feitura das músicas da Neon, Bruno Ribeiro conta que, geralmente, ele chega com uma idéia de programação para seu comparte, Hugo Estanislau, que compõe as guitarras distorcidas. Posteriormente, ambos finalizam polindo música, letra e programação. E tudo parece funcionar harmonicamente, já que, além das dificuldades habituais de se ter uma banda, deve-se pontuar que a dupla mora em cidades diferentes (Hugo estuda em Recife).
Os meninos estão felizes com o convite recebido para ir a São Paulo gravar o primeiro álbum. Eles se preparam para, em julho, compilar 10 canções pela Piraquara Records, selo do qual participam bandas como a sergipana Rockassetes. Além dos sucessos locais como Ghost of Mine e Escape, a banda confirma a apresentação de cinco músicas inéditas no Maionese Cinco. Fingers crossed para a Neon.
http://www.myspace.com/nnrbr
Vídeo: Gabriel Duarte
segunda-feira, 18 de maio de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
Radium (AL)
A Radium é a atração veterana na escalação do Maionese Cinco. O quarteto tocou em duas das quatro edições anteriores da festa e, neste ano, o show deles marca a largada para o disco novo que promete sair nos próximos meses.
Foto: Talita Marques
A banda, que existe há quatro anos, faz um som muito bem acabado marcado por uma guitarra virtuosa, uma pesada bateria e letras mais obscuras. Achando melhor privilegiar o entendimento, optaram por trocar as antigas composições em inglês pelo português. Com influências diversas, que passam do pós-grunge ao metal, a banda é a atração mais rocker desta edição.
Foto: Talita Marques
A banda, que existe há quatro anos, faz um som muito bem acabado marcado por uma guitarra virtuosa, uma pesada bateria e letras mais obscuras. Achando melhor privilegiar o entendimento, optaram por trocar as antigas composições em inglês pelo português. Com influências diversas, que passam do pós-grunge ao metal, a banda é a atração mais rocker desta edição.
A história de produção deles conta com o Ep “Pintando a Seco” de 2006. Lucas (vocal) e Mário (guitarra) tocam juntos há dez anos, tendo passado também pela Nonsense, outra banda com uma verve mais pesada no Estado.
Imersos em muitas referências musicais, eles deixaram escapar que farão versões para músicas do Radiohead e dos Beatles. Podemos esperar uma boa surpresa. Só ficamos na vontade de um cover do Queens Of The Stone Age, que com certeza, eles levariam com muita propriedade.
Com a realização do Maionese Cinco, os rapazes enxergam um start para um novo momento na carreira da banda, que pretendem emendar num ritmo de shows no circuito alternativo com o lançamento do primeiro disco. Qualidade não falta à Radium e, enquanto algumas bandas defendem o girlgazer como estilo, a relação aqui se revela inversa, já que não irão faltar olhos de garotas para cima do palco.
Vambora?!
Vambora?!
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Blueberry Babies (AL)
Foto: Gabriel Duarte
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Originalmente chamada de "Blueberry Fields Forever", a Blueberry Babies nasceu de uma idéia sem futuro, até se tornar uma das grandes promessas do circuito Arapiraca/Maceió. Para quem nunca ouviu o som dos caras, 99,9% da população alagoana (já que os meninos nunca fizeram um show sequer), a surpresa vai ser grande. Guitarras recheadas de efeitos, vocais quase sussurrados, baterias em contratempo e melodias engraçadinhas e oportunas a cada momento.
Não que eles cuspam fogo ou coloquem dançarinas semi-nuas no palco, mas provavelmente muitos pensarão "nunca ouvi nada assim antes". Isso culpa da má informação, uma vez que os bebês de mirtilo - numa tradução safadinha - assumem seus gostos e influências com muito orgulho. Na verdade, todo o desenvolvimento do nome respeita uma tradição das bandas "queridas" em entusiasmar os doces em seus nomes. Daí surgem, sweet, candy, honey e derivados do açúcar.
As influências vem de bandas pequenas, como My Bloody Valentine, Teenage Fanclub, Slowdive - simplesmente boa parte das bandas que mudaram por completo o rock nos anos 90. As letras fazem referência a diversos temas, desde o amor, passando por quadrinhos, desodorantes, futebol, videogame, até a uma conta de luz atrasada. Fácil de se esperar isso de uma banda que começou com uma proposta tão despretenciosa, o girlgazer. "O girlgazer é uma maneira de despistar os rótulos, ao invés de sermos uma banda de shoegazer [do inglês: aquele que olha para o sapato enquanto toca], somos uma banda de girlgazer, olhamos para as meninas e, o que tem namorada, olha para a namorada" diz Luiz Roberto, vocalista da banda.
Com essa grande carga de influências e atributos, o som da BBB (Big Brother Brasil?) consegue mixar tudo numa grande onda de sons e efeitos de guitarra, pop e barulhenta, divertida e bonita, como o bom shoegazer, desculpa, girlgazer, deve ser.
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Depoimento do fã Francis Silvestre:
"Assim que reverberou a primeira nota, a primeira sensação foi física. Os olhos arregalaram e o pulso acelerou. Lentamente, foi-se eriçando o primeiro pêlo da falange do indicador e a onda de choque chegou à nota. Assim pode-se descrever os efeitos sonoros produzidos pela Blueberry Babies. Chamem de paixão à primeira vista, eu deixo. Afinal de contas, se eu fosse uma banda, com certeza seria essa. A urgência pós-punk visceral do baixo tocado pelo Rodolfo parecia tramar aventuras impossíveis com as batidas tribais reurgitadas pela bateria do Emílio. As paredes de som absurdas criadas pelo Marcos atordoam, como se fossem a parede em que eu bati o carro e acabei por morrer. Mas heaven is right ahead. O impacto inicial se esvai e tudo vira beleza. Com certeza esse é o céu em notas e efeitos musicais. E assim começa a experiência. Aliás, a banda é só experiência. Gemas de beleza extrema escondida por paredes e camadas ensurdecedoras de som. Algo como uma mistura de Swervedriver com Big Black. Com melodia, aliás, com muita melodia. Shoegaze com muita honra. Garanto que vovó My Bloody Valentine falaria: "Deus abençoe meus netos". E papai Swervedriver consentiria com um sorriso largo e delicioso."
segunda-feira, 11 de maio de 2009
The Lefts (AL)
Arte: Alynne Tenório / Fotos: Talita Marques
“As minas de Santa Catarina estão prestes a voltar...” É o que primeiro se ouve no myspace do The Lefts, sexteto cujo ensaio acompanhamos no último domingo. Após o constrangimento inicial por conta da nossa invasão, o pessoal foi se habituando, já que conviveríamos por um par de horas.
Zé Maximo, vocalista principal, que detém o poder do violão, guitarra e viola caipira – mais eventuais banjo e gaita –, logo se apresentou e nos deixou à vontade. De cara sacamos uma menina na banda, Fabi Gomes, que além de ser tímida para posar em fotos, é vocalista secundária e toca guitarra, violão e teclado.
A banda dispõe-se de uma forma que não revela liderança visível, vale-se de um rodízio de instrumentos que dá uma dinâmica interessante à apresentação. Toca basicamente folk, mas de vez em quando adentra em becos outros, como na breguíssima Íris ou em Salvador, canção com pegada mais rock’n’roll.
As letras são escritas por todos do grupo, esquema brainstorm, e quase todas em língua portuguesa, eles contam. A exceção é Dear Caroline, música que recebe um plus vindo do violino de Davi Coimbra, também baixista e vocal de apoio. As composições costumam ser bem-humoradas, o que os integrantes dizem ser de responsabilidade dos jocosos do grupo, o bateirista Cleilson Bernardino e André Oscara (baixista, tecladista, vocalista, zabumbeiro...).
Acontecida em 2006, a história de reunião da banda não destoa de tantas outras. Alguns se conheceram na escola, juntaram-se a aderentes, até se chegar à presente formação. O nome eleito deve-se à maioria da Lefts ter sido composta por canhotos, coisa que não mais procede, já que restaram fortalecendo como representantes dos esquerdos apenas Fabi, Maximo e Marden Linares, este último guitarrista solo. O show no Maionese Cinco será o segundo da simpática The Lefts e o primeiro com a atual formação.
Abaixo, video três-em-um da The Lefts (com parkinson, mas valendo!):
Zé Maximo, vocalista principal, que detém o poder do violão, guitarra e viola caipira – mais eventuais banjo e gaita –, logo se apresentou e nos deixou à vontade. De cara sacamos uma menina na banda, Fabi Gomes, que além de ser tímida para posar em fotos, é vocalista secundária e toca guitarra, violão e teclado.
A banda dispõe-se de uma forma que não revela liderança visível, vale-se de um rodízio de instrumentos que dá uma dinâmica interessante à apresentação. Toca basicamente folk, mas de vez em quando adentra em becos outros, como na breguíssima Íris ou em Salvador, canção com pegada mais rock’n’roll.
As letras são escritas por todos do grupo, esquema brainstorm, e quase todas em língua portuguesa, eles contam. A exceção é Dear Caroline, música que recebe um plus vindo do violino de Davi Coimbra, também baixista e vocal de apoio. As composições costumam ser bem-humoradas, o que os integrantes dizem ser de responsabilidade dos jocosos do grupo, o bateirista Cleilson Bernardino e André Oscara (baixista, tecladista, vocalista, zabumbeiro...).
Acontecida em 2006, a história de reunião da banda não destoa de tantas outras. Alguns se conheceram na escola, juntaram-se a aderentes, até se chegar à presente formação. O nome eleito deve-se à maioria da Lefts ter sido composta por canhotos, coisa que não mais procede, já que restaram fortalecendo como representantes dos esquerdos apenas Fabi, Maximo e Marden Linares, este último guitarrista solo. O show no Maionese Cinco será o segundo da simpática The Lefts e o primeiro com a atual formação.
Abaixo, video três-em-um da The Lefts (com parkinson, mas valendo!):
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Dom Pedriota e as Tatuagens de Pipoca (AL)
Calma. Não deixe que este nome o assuste. Os meninos da Don Pedriota resolveram pôr essa alcunha tão peculiar dizendo apenas ser sonoro. Você não vai esquecer que existe uma banda chamada assim. Duvidou? Joga no Google para você ver o que aparece na busca. Eles conseguiram mesmo soar originais.
Foto: Talita Marques
O seguinte é que quatro amigos se reuniram há um ano e, depois de um telefonema, decidiram por tocar surf music. Simples assim. Com composições próprias, já se apresentaram em alguns shows, ficaram em 2º lugar no festival de música do Colégio Marista e chegaram até mesmo a encerrar uma peça de teatro.
O grupo costuma trabalhar as composições instrumentais próprias em conjunto, é o que conta Pedro, o garoto à frente da banda. Cada integrante chega com um tema no estúdio e eles desenvolvem o resto dos arranjos até o som ficar pronto. Abusam um pouco do wah-wah com distorção, o que para os mais puristas soa realmente estranho, mas conseguem não perder aquela pegada guitarrística da surf music.
Don Pedriota e as Tatuagens de Pipoca é uma das atrações do palco secundário do Maionese Cinco. A geração 90, que poderia estar perdida no furacão de referências, mostra a que veio. Ditos garotos de bom coração que tocam apenas com o intuito de se divertir, esse show promete surpreender e animar muita gente.
Hasta luego!
Video: Gabriel Duarte
O grupo costuma trabalhar as composições instrumentais próprias em conjunto, é o que conta Pedro, o garoto à frente da banda. Cada integrante chega com um tema no estúdio e eles desenvolvem o resto dos arranjos até o som ficar pronto. Abusam um pouco do wah-wah com distorção, o que para os mais puristas soa realmente estranho, mas conseguem não perder aquela pegada guitarrística da surf music.
Don Pedriota e as Tatuagens de Pipoca é uma das atrações do palco secundário do Maionese Cinco. A geração 90, que poderia estar perdida no furacão de referências, mostra a que veio. Ditos garotos de bom coração que tocam apenas com o intuito de se divertir, esse show promete surpreender e animar muita gente.
Hasta luego!
Video: Gabriel Duarte
domingo, 3 de maio de 2009
Sex On The Beach (PB)
Um sergipano e três alagoanos, que coincidentemente foram morar na mesma república em Campina Grande, compõem a banda que vem da Paraíba para tocar surf music e rock'n'roll pro público do Maionese.
Os quatro têm feito shows em bares daquela cidade, arrecadando grana para uma mini-turnê pelo nordeste, que passará por Aracaju e Maceió. Estão, ainda, negociando com mais três cidades. Também nessa empreitada, finalizam o primeiro disco da banda, que promete ser lançado nesta edição do Maionese.
Os garotos montaram no final de 2008 a puramente instrumental Sex On The Beach. São influenciados por muito beebop, jazz e surf music. Performáticos, de ternos e óculos escuros, a banda parece saída de algum filme do Tarantino e atacam uma ótima versão para “Misirlou”, música grega que ficou famosa mesmo em Pulp Fiction.
+ Confiram:
+ Confiram:
O quarteto diz ter o gosto que vai de Chapolin a Laranja Mecânica, e provam não ter medo das referências, fazendo um som para colocar qualquer um para dançar. De clássicos vindos dos Ventures ao velho e bom rock'n'roll, misturados há outras composições próprias - esta promete ser uma atração arrasa-quarteirão deste Maionese.
+ Pra animar desde já:
Até lá!
+ Pra animar desde já:
Até lá!
terça-feira, 28 de abril de 2009
10 anos de Mopho
Contente, o Maionese Cinco apresenta a volta aos palcos alagoanos da seminal Mopho. Leia um trecho da matéria de Fernando Coelho, cedida com gentileza ao nosso blog, que narra a história da banda e também fala do desejo dos integrantes - agora sendo realizado - de aqui se reunirem:
* Publicada no jornal Gazeta de Alagoas em 12 de abril de 2009
* Publicada no jornal Gazeta de Alagoas em 12 de abril de 2009
Em 1999, o Mopho acabava de colocar no mercado o seu primeiro disco oficial, que leva o próprio nome da banda. Há exatos dez anos, o quarteto comprou 30 horas de gravação no estúdio Gravamusic, considerado até hoje o mais bem equipado de Alagoas, e iniciou o processo que resultaria no primeiro disco de rock local a chamar a atenção da mídia nacional.
Após a gravação, o Mopho recebeu uma proposta de contrato da gravadora Paradoxx e partiu para São Paulo. As negociações não saíram como esperado. Nas andanças pela “paulicéia desvairada”, o grupo foi parar na Baratos Afins e lá conheceu Luiz Calanca, que já tinha “pirado” no som dos alagoanos. De lá, saíram com uma proposta para mixagem e uma prensagem inicial de 1.300 cópias.
Embora seja óbvio classificar o Mopho como uma banda de rock – e muitos ainda acrescentam o termo “psicodélico” –, o próprio vocalista prefere descartar o estigma. “Eu nunca vi o Mopho como uma banda totalmente de rock. Eu sempre percebi uma tendência folk por causa dos violões”, explica, sem renegar as influências hard rock e os “ecos de jovem guarda”. Na época da composição e da gravação do álbum, sua vitrola tocava mesmo eram os ícones da MPB. “Eu estava ouvindo muito Jards Macalé, o Transa do Caetano e o Expresso 2222 do Gilberto Gil. Eu estava escutando muita música brasileira com acento rock, que foi o que permeou a MPB entre 1971 e 1975”.
Em 2010, os direitos autorais da obra voltam para a banda. Com isso, João Paulo espera corrigir o que, segundo ele, foram os principais problemas do disco: a capa e a mixagem. A ideia do compositor é relançar o álbum remixado e com um novo layout.
Após os momentos de euforia que sucederam a gravação do primeiro disco – com aparições em programas de TV, shows pelo País e elogios de nomes como Arnaldo Baptista, Luis Carlini e de 99% da então emergente cena do rock gaúcho –, o Mopho entrou num declínio, causado principalmente por divergências pessoais entre seus integrantes.
Depois da saída do tecladista, Leonardo, o Mopho se separou por completo em 2004. No mesmo ano, com Junior Bocão e Hélio Pisca já em São Paulo, João Paulo chamou Leonardo e juntos eles gravaram o segundo disco, Sine Diabolos Nullus Deus, também lançado pela Baratos Afins. A partir daí, o grupo seguiu em banho-maria, com shows ocasionais e diversas formações. Hoje, além de João Paulo, o tecladista Dinho Zampier é o único integrante oficial do Mopho.
Em 2008, o tecladista Dinho Zampier acenou com a possibilidade de realizar um show em São Paulo, com Hélio Pisca e Junior Bocão. João comprou a ideia e um reencontro histórico – embora sem a presença de Leonardo – ocorreu no dia 20 de junho de 2008, no Berlin Pub, na capital paulistana. Relatos em blogs falam de uma apresentação magistral. “A banda estava afinadíssima, tocaram os clássicos, os hits, e terminaram com uma versão cheia de energia de Whole Lotta Love [Led Zeppelin]. A casa estava cheia. Todo mundo adorou”, escreveu um fã no blog Psicodelia Brasileira – www.psicodeliabrasileira.wordpress.com
“Eu fiz outra doidice”, reconhece o vocalista. “Fui para lá, banquei uma passagem do bolso e fiquei devendo a de volta ao Pisca. Mas eu queria fazer as pazes com tudo. Eu fui e foi muito bom. Só faltou o Léo”. De lá, a banda recebeu um convite para o Festival Independente Quebramar, realizado em Macapá, no Amapá. O Mopho foi escalado como a principal atração da noite do dia 05 de dezembro e fez outra apresentação antológica.
A partir daí uma velha chama foi reacendida e o grupo se esforça para se reencontrar e começar as gravações de um novo disco. “Só que a distância está difícil. O Pisca está mais pilhado porque ele aposta as fichas nisso. Já o Bocão tem outros compromissos, ele está tocando com o Oxe. Definitivamente, eu, Pisca e o Dinho estaremos no disco. Sobre o Bocão, só depende dele e do que estiver rolando para ele”, afirma João Paulo, categórico.
“Eu e Bocão estamos gravando algumas músicas aqui no estúdio em que eu trabalho”, avisa Hélio Pisca. “Mas estamos tentando ir a Maceió para passarmos uns dias trabalhando essas músicas juntos e quem sabe gravarmos por aí mesmo”.
Bocão é puro entusiasmo. “Vamos gravar, é o que importa agora. Mesmo longe por tanto tempo, sempre acreditei que o Mopho nunca parou! Deu um tempo apenas, algumas coisas saíram fora dos planos, nos separamos, lançamos discos separados, a Casa Flutuante surgiu, o Mopho se reformulou... Agora temos a oportunidade de mostrar que a banda está mais viva do que nunca. Esse sonho não acabou!”.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
MELLOTRONS (PE)
Mellotrons é a convidada recifense do Maionese Cinco
Mal-explicando, mellotron é um teclado inglês que funciona como sampler por meio de um rolo de fita magnética. Como ilustração, seu som pode ser reconhecido na introdução de Strawberry Fields Forever, dos Beatles. Um sem-número de bandas o utilizaram em composições, dentre as quais Smashing Pumpkins, Radiohead, Kraftwerk e Mutantes. É justamente esse instrumento sessentista (+ um “s”) que intitula a banda pernambucana integrante do Maionese Cinco.
Se as bandas dessem a si títulos como os dos anos de casamento, poderíamos dizer que, em 2009, a Mellotrons estaria fazendo bodas de seda. Formada em 97, o grupo gravou seu primeiro álbum, totalmente independente, há cerca de três anos. Um ensaio do que seria o álbum aconteceu em 2004, no EP produzido em parceria com a banda norte-rio-grandense The Automatics, pelo selo Solaris Discos. A demora para o lançamento do primeiro álbum esbarra nos debatidos entraves encontrados por quem quer fazer música no Brasil – música em inglês, nem se fala. Por outro lado, os anos de experiência deram a Mellotrons a chance de produzir um álbum notoriamente bem-acabado.
Possivelmente diferente do início, quando as influências tendem a ser seguidoras do quanto mais indie, melhor, o amadurecimento dos rapazes os permite declarar, sem recato, serem entusiastas dos mineiros do Clube da Esquina. Além da turma de Beagá, é claro, aparece a regra, bandas tipo My Bloody Valentine, New Order, Cure, Smiths (e tantas outras, afinal, o grupo é composto por quatro pessoas que adoram música).
No currículo da Mellotrons, constam participações no Palco Pop do Festival de Inverno de Garanhuns, em 2006, e no Coquetel Molotov de 2005. Ainda, obteve segunda colocação no festival musical Microfonia, promovido por uma faculdade olindense, cujas inscrições excederam as centenas. O sítio de música Recife Rock, talvez o mais acessado (do gênero) naquela cidade, laureou a banda, em 2004, com os prêmios de Melho EP (Horizon) e Melhor Música (Evening).
Compõem a banda, atualmente, Haymone Neto, guitarrista e crooner, junto a Ênio, que acumula as mesmas funções. Rafael Guerra toca baixo e Augusto César, bateria.
Nem vou apitar sobre como me soa a banda. Anexo abaixo alguns vídeos para que, sabiamente, façam vossas elucubrações.
Todos no Maionese Cinco!
Mal-explicando, mellotron é um teclado inglês que funciona como sampler por meio de um rolo de fita magnética. Como ilustração, seu som pode ser reconhecido na introdução de Strawberry Fields Forever, dos Beatles. Um sem-número de bandas o utilizaram em composições, dentre as quais Smashing Pumpkins, Radiohead, Kraftwerk e Mutantes. É justamente esse instrumento sessentista (+ um “s”) que intitula a banda pernambucana integrante do Maionese Cinco.
Se as bandas dessem a si títulos como os dos anos de casamento, poderíamos dizer que, em 2009, a Mellotrons estaria fazendo bodas de seda. Formada em 97, o grupo gravou seu primeiro álbum, totalmente independente, há cerca de três anos. Um ensaio do que seria o álbum aconteceu em 2004, no EP produzido em parceria com a banda norte-rio-grandense The Automatics, pelo selo Solaris Discos. A demora para o lançamento do primeiro álbum esbarra nos debatidos entraves encontrados por quem quer fazer música no Brasil – música em inglês, nem se fala. Por outro lado, os anos de experiência deram a Mellotrons a chance de produzir um álbum notoriamente bem-acabado.
Possivelmente diferente do início, quando as influências tendem a ser seguidoras do quanto mais indie, melhor, o amadurecimento dos rapazes os permite declarar, sem recato, serem entusiastas dos mineiros do Clube da Esquina. Além da turma de Beagá, é claro, aparece a regra, bandas tipo My Bloody Valentine, New Order, Cure, Smiths (e tantas outras, afinal, o grupo é composto por quatro pessoas que adoram música).
No currículo da Mellotrons, constam participações no Palco Pop do Festival de Inverno de Garanhuns, em 2006, e no Coquetel Molotov de 2005. Ainda, obteve segunda colocação no festival musical Microfonia, promovido por uma faculdade olindense, cujas inscrições excederam as centenas. O sítio de música Recife Rock, talvez o mais acessado (do gênero) naquela cidade, laureou a banda, em 2004, com os prêmios de Melho EP (Horizon) e Melhor Música (Evening).
Compõem a banda, atualmente, Haymone Neto, guitarrista e crooner, junto a Ênio, que acumula as mesmas funções. Rafael Guerra toca baixo e Augusto César, bateria.
Nem vou apitar sobre como me soa a banda. Anexo abaixo alguns vídeos para que, sabiamente, façam vossas elucubrações.
Todos no Maionese Cinco!
domingo, 26 de abril de 2009
SNOOZE (SE)
A banda sergipana, que já tem 13 anos de estrada, é uma dessas mostras do indie nacional que continua trilhando os caminhos da música alternativa. Nesta cena ninguém precisa ser um rockstar, só precisa ter um lugar para continuar fazendo sua música.
Influenciados por nomes como Sonic Youth, Teenage Fan Clube e Elvis Costello, os rapazes da Snooze trazem a Maceió o bom pop barulhento. O quinteto promete uma apresentação cheia de sons que remetem ao melhor do rock dos anos 90.
+ Confira alguns videos da banda:
Veja também a entrevista com Fábio Oliveira, vocalista da banda sergipana Snooze.
Maionese: A Snooze tem 13 anos de carreira, três discos lançados e participações em importantes festivais independentes do Brasil. Fale um pouco da importância em continuar fazendo música no cenário independente.
Fábio: No começo era falta de opção mesmo, o velho “do it yourself” dos punks, aplicado a uma realidade cultural onde ou se dança conforme a música (dos trios-elétricos ou das rádios comerciais), ou se investe do próprio bolso no que se acredita; com a primeira fita-demo do Snooze foi assim, em 1995: pegamos o melhor estúdio da cidade e gravamos sem produtor e sem nenhuma experiência. O que poderia ter sido um desastre virou referência de rock com qualidade no Nordeste. Por mais que não houvesse novidades naqueles sete sons, o que chamou atenção das diversas publicações que resenharam a fita Brasil adentro (foram cerca de 1.000 cópias distribuídas pelo meu irmão, o batera Rafael Jr) era a qualidade do produto como um todo, tanto de gravação como execução, arte gráfica, informações detalhadas, release... Ninguém ensinou isso a gente, a coisa foi meio instintiva no intuito de fazer o melhor que podia ser feito, já que era uma produção completamente independente. Com o passar dos anos, isso virou a premissa da banda. Um hobby levado a sério, feito com profissionalismo, porém não chegando a estar acima de nossos estudos universitários ou profissões em outras áreas. Hoje em dia, o que a gente observa é que, até medalhões da MPB estão passando pro independente, ou seja, o que era falta de opção virou a melhor opção. A crise da indústria fonográfica, toda a revolução que se concretizou enquanto o Snooze continuava produzindo seus showzinhos e gravando seus disquinhos, tem a ver com isso. E o meio independente ficou mais profissional que nunca, visto os diversos festivais crescendo e abarcando mais e mais público. Tentando responder à pergunta, a importância está em ser fiel a uma proposta estética, e não esperar que você seja “descoberto” como a salvação da música alternativa pra poder fazer o som que está a fim de fazer.
M: Vocês já tentaram ir para o Rio - São Paulo em busca de mais visibilidade para banda? Tipo viver só de música mesmo?
F: Não nesses termos. A banda sempre teve boas conexões, não só com esse eixo, mas em todas as regiões do Brasil (numa era em que se escreviam cartas ainda), e se chegou a um ponto em que, se "desse a doida" de alugar um carro e sair tocando pelo Brasil, lugar pra ficar e tocar não faltaria. Em 1998, fizemos uma mini-turnê (Niterói, São Bernardo, São Paulo e Jundiaí), pois estávamos lançando os discos de estréia (com a gravadora Short, de São Bernardo do Campo - nossa próxima gravadora seria a Monstro). Essa foi a única vez que saímos do circuito Nordeste-Goiânia. Mais recentemente, entre 2004 e 2007, eu morei em São Paulo para alargar meus estudos em música e tentei ao máximo armar shows pro Snooze. Até recebi portas abertas, o problema maior era grana e disponibilidade de levar os snoozers daqui de Aracaju pra lá. Quanto a morar lá como banda, no intuito de viver de música, nossa opinião é que seria meio irreal. Nenhuma banda com o perfil do snooze (cantando em inglês pra começar) vive exclusivamente disso aqui no Brasil, não importa onde morem. Se, na época em que eu estava lá, os outros topassem a empreitada pra banda ter mais visibilidade, a gente poderia até tocar mais freqüentemente, porém continuaríamos num gueto, ampliado, ótimo, mas não suficiente para se viver da banda. O buraco é mais embaixo.
M: A Snooze tem participação em coletâneas e outros trabalhos. O que de mais diferente já foi feito para colocar a música de vocês pra rodar?
F: Na época da fita demo, rolou uma chamada de TV de uma surfwear de renome. Nunca pagaram um tostão, mas Rafael é surfista, e a gente ficou orgulhoso pra caramba. Uma das coletâneas que você mencionou foi encartada na revista 100% Skate. Isso significou umas 10.000 cópias de nossa música em bancas de jornal de todo o país. Em Aracaju, tivemos uma ótima experiência, em 2002, participando da montagem de uma peça do Teatro do Absurdo chamada "A Cantora Careca". Além da trilha incidental, que fazíamos ao vivo no palco, a gente experimentava de tudo um pouco, sempre com muito improviso e atuação também – a banda era parte do cenário. Tirando isso, internet hoje é lugar comum, mas pouca gente sabe que o primeiro site do Snooze (da geocities!) foi um dos primeiros sobre banda de rock no Brasil. Eu lembro que na época só grandes bandas como Barão ou Sepultura tinham site, além do Brincando de Deus, de Salvador. Essa precocidade foi porque nosso primeiro guitarrista é um informático das antigas. Hoje ele pesquisa, estuda e trabalha nessa área.
M: E o que esperam de vir tocar em Maceió? Já conheciam algo sobre o Maionese?
F: Maceió é um caso antigo. Minha filha nasceu aí só pra você ter idéia. Estivemos aí em três ocasiões: a primeira com o trio que gravou a demo e o primeiro disco, foi no Festival Acendedor de Lampiões em 1996. Hoje eu sei que quem é da nova geração dos rockeiros em Maceió tem esse festival como divisor de águas. Já como quarteto, em 2002, prestes a lançar o segundo disco, voltamos ao Acendedor 2, que não foi um festival nos moldes do anterior, mas também foi divertido. Essa mesma formação (se não me engano) voltou pouco tempo depois numa festa que não lembro o nome, acho que os organizadores eram da banda Sinsinhô. Depois que passei minha temporada em São Paulo, perdi total referência do que estava acontecendo em Maceió, e foi uma grande surpresa me reiterar, sabendo por meio de velhos amigos de minha esposa, que há várias bandas novas com referências similares as da Snooze. Vi alguns shows, e atestei que o nível está muito bom, e talvez isso se deva ao Maionese, cuja xistência vim saber só depois. É essa a importância de um festival fixo: as bandas lutam por aprimorar a qualidade e ter algo interessante a oferecer, pois elas querem estar ali, naquela estrutura bacana, conhecer as bandas de fora... Tivemos isso aqui por muitos anos com o Punka; infelizmente ainda não surgiu um festival pra substituí-lo à altura. Mas será a primeira vez que vamos conferir o Maionese, melhor sendo tocando, e esperamos que a experiência seja completa: pessoas novas conhecendo nosso som, bandas que a gente vá adorar sem nunca ter ouvido falar e, de repente, possamos servir de ponte pra essas bandas mostrarem o trabalho para o público aracajuano num futuro próximo. Essa interação é o que há de melhor em festivais. Até lá, quem quiser baixar os discos do Snooze pra não ficar boiando no show, é só seguir o link pro meu blog, que ta tudo lá, disponível pra download.
Até breve!
Para saber mais, acesse:
+ http://www.snooze.com.br/
+ http://www.myspace.com/snoozetherockgroup
+ http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=698
+ http://www.fabiosnoozer.blogspot.com
sábado, 25 de abril de 2009
MAIONESE CINCO
Depois de um ano inteiro de especulações, conversa mole e muito barulho, finalmente temos a satisfação de convidar a todos para a quinta edição do maior festival de rock do mundo... Tá bom, do nordeste. Um dos maiores, talvez? o mais legal, sem sombra de dúvida.
Aqui você pode fumar à vontade, tomar cerveja barata, vomitar nos cantinhos mais escondidos, arrumar várias namoradas(dos), perder parcialmente a audição, enfim, uma experiência pra ficar numa relax, numa tranquila, numa boa!
Este ano conseguimos juntar no mesmo palco grandes nomes do indie rock nordestino. A Mellotrons de Recife, a Snooze de Sergipe, e a Mopho, alagoana, queridíssima por todos, que depois de tanto tempo volta aos palcos com sua formação original.
Fora esses grandes nomes, temos ainda uma vasta coleção de bandas novas, não tão novas e algumas saindo do forno, só pra vocês.
De agora em diante, você já pode acompanhar por aqui os detalhes do evento, assim como conhecer um pouco mais sobre as bandas que vão te deixar um pouquinho mais surdo. [arte de Kleber Duarte - imkleber@gmail.com]
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